domingo, 10 de abril de 2011

10 Razões por que o "Espaço glorioso de Luz" descrito por Ellen White não é a Nebulosa de Órion (M42 - NGC 1976).

yuri mendes

Primeira razão: Ellen não poderia ver um espaço aberto na Nebulosa M42. Quando é olhada 
objetivamente, a nebulosa não é nada extraordinária. Trata-se de uma mancha confusa de luz esverdeada fraca e brumosa, com algumas áreas claras e outras escuras que pod
em ser distinguidas com certo grau de paciência e perseverança. Na melhor das hipóteses, parece com uma parte completamente embaçada do pára-brisa de um automóvel, numa noite úmida, o que faria com que ela não conseguisse ver detalhes, assim como uma abertura ou um buraco-negro.
Segunda razão: Ellen White nunca deu nome aos objetos astronômicos que ela relatou. Em duas visões ela descreveu que viu um espaço glorioso de luz indescritível. Somente na visão de 1848 ela mencionou o nome de Órion. E mesmo assim não especificou se era a nebulosa M42 ou outro objeto. É a única declaração que a Sra. White tenha feito sobre o espaço aberto de Órion. Por influencia do Capitão Jose Bates foi apontado que o que Ellen viu fosse a Nebulosa de Órion. Após a decepção de outubro de 1844, Bates procurou dar sentido às profecias. E ao tentar buscar por evidências de que a volta de Cristo deveria ser de aspecto literal e não espiritual, ele dizia que o que estava referido nas escrituras Bíblicas a um "Céu Aberto" em João 1: 51 e Apocalipse 19: 11 (por onde a Nova Jerusalém descerá) se tratavam dos mesmos eventos que ocorriam em um local no céu, ou seja, especificamente á uma estrela do meio da espada de Órion  que é nada mais do que uma nebulosa. Além disso, em maio de 1846, seis meses antes de conhecer Ellen White, Bates editou um artigo onde expôs suas conclusões para reforçar o que acreditav
a, e para isso, citou, o astrônomo Christiaan Huygens, que em 1656 havia descrito em Órion como uma "abertura no céu através do qual uma região mais brilhante era visível." Para Bates, além dessa região deveria ser o "céu dos céus" diante da glória de Deus. Sabemos que a nebulosa está a muitos anos-luz, tem grande diâmetro e é uma região caótica de poeira e gás, na qual estrelas estão nascendo neste exato momento. Foi em um artigo de 1886 para a Review and Herald, escrito por JN Loughborough. Onde relatou o encontro entre Bates e Ellen White , acrescentando e incluindo detalhes sobre a nebulosa de Órion e o telescópio de Rosse.

Terceira  razão: A nebulosa de Órion não está se aproximando de nosso planeta e sim, afastando-se. Para vocês terem uma idéia, a velocidade em que a Nebulosa M42 está viajando pela galáxia é de mais ou menos 60mil  Km por hora. E o nosso sistema solar está indo em direção à constelação de Hércules. Entretanto sua expansão e seu movimento obedecem às leis físicas conhecidas, e não como parte dos preparativos da volta de Jesus, ao contrário do que Ellen relatou em seu livro O grande Conflito. Ellen White, em sua visão, ao olhar para o céu viu uma pequena nuvem negra, aproximadamente da metade do tamanho da mão de um homem aproximando-se do planeta. Enquanto essa nuvem se aproximava da Terra ficava cada vez mais e mais brilhante e luminosa, até se tornar uma grande nuvem. E mais adiante em seu relato ela descreve outra situação em que por uma fenda nas nuvens atmosféricas de nosso planeta, ela descreve que fulgurou uma luz como se fosse uma estrela cujo brilho aumentou quadruplicadamente em contraste com as trevas. Ellen também diz que as nuvens recuam, e se vêem os constelados no céu, indescritivelmente gloriosos em contraste com o firmamento negro e carregado de cada lado. Sendo que no Grande Conflito ela não menciona em nenhum momento Órion.

Quarta razão: Observe que o relato de Ellen White só está falando de nuvens negras na atmosfera e não de nuvens coloridas e das lindas nebulosas que existem em toda a constelação de Órion. Quando ela refere-se em seu texto, a expressão "atmosfera se abrindo", seguramente, ela está se referindo apenas que às nuvens negras atmosféricas que estarão envolvendo o céu, estariam se abrindo e afastando-se. Possibilitando assim ver as estrelas no céu... Veja, as nebulosas não estão e não precisam abrir para que vejamos Órion, portanto a visão de Ellen White não está se referindo às nebulosas da constelação de forma alguma... Assim entendemos claramente que as nuvens negras mencionadas são nada mais do que as nuvens na atmosfera do nosso planeta, e não as nuvens radioativas da nebulosa.

Quinta razão: Se Ellen White estava vendo os acontecimentos numa perspectiva através de nossa atmosfera ela não poderia ver um buraco (como alguns dizem; um buraco-negro). E conforme sabemos, a Nebulosa de Órion está a 1.500 anos-luz (15 quatrilhões de quilômetros) da Terra. Por causa da distância, o fenômeno não é possível ser visualizado, mesmo com um telescópio comum. Seria muito difícil ver um planeta do tamanho da Terra a mais de 10 anos-luz de distância. Então imagine uma abertura com o tamanho de nosso planeta a uma distância de 15 quatrilhões de quilômetros. Isso é a mesma coisa que ver nada.

Sexta razão: Não existe um Buraco-negro na nebulosa de Órion (M42) Os buracos negros são formados a partir de estrelas colapsadas, em que a força gravitacional é tão grande que nada, nem mesmo a luz, consegue escapar de dentro deles. Em outras palavras, Um buraco-negro destrói as estrelas, ao contrário das nebulosas, elas formam estrelas.

Sétima razão: Deus não precisa deslocar uma nebulosa que está a 15 quatrilhões de quilômetros distante de nós para resgatar a raça humana. Isso é totalmente desnecessário. Quando, o céu abrir-se para dar passagem a Jesus e seus anjos, seu poder fará o céu se abrir num instante, e não em um período de milhões de anos. Se essa abertura houvesse na nebulosa, só poderíamos ver o fenômeno, por um telescópio muito potente, cerca de 1.500 anos depois, pois esse é mais ou menos o tempo que a luz leva para vir de lá até aqui. E o que realmente enxergamos no céu, à noite, é somente uma imagem da luz emitida pela nebulosa (apenas fótons). Se realmente a nebulosa estivesse se aproximando da Terra para Jesus voltar, ela teria que viajar no mínimo a 15 quatrilhões de vezes a velocidade da luz. E se deslocasse no limite da velocidade da luz levaria 1.500 anos para chegar até nosso planeta. Mas isso seria impossível, porque as estrelas e tudo que contêm na nebulosa teriam que produzir energia cinética para atingir a velocidade da luz (fórmula E = mc2 energia igual à massa vezes o quadrado da velocidade da luz, onde c representa o módulo da velocidade da luz no vácuo). Ainda mais, qualquer objeto que viajasse a essa velocidade (da luz) permanecerá parado no tempo.. O tempo não passa para esse objeto.  Mesmo que atingisse essa velocidade, há o problema de que as estrelas e tudo iriam colidir com os outros corpos celestes que estão em seu caminho (estrelas, planetas, asteróides, etc.). Isso provocaria um grande impacto quando atingisse nosso sistema solar e não sobraria nada. Vamos supor que não houvesse essa colisão, e que a nebulosa teria que parar próximo ao nosso planeta. Seria necessária uma quantidade infinita de energia e tempo (milhões de anos), para desacelerar e parar. Por que não existe atrito no vácuo do espaço que permita algo parar instantaneamente.

Oitava razão: Ellen White não teria como saber o que viu, se era realmente a nebulosa M42, ou não em suas visões. Ela não possuía algum conhecimento de astronomia e naquela época não havia fotografias das nebulosas para comparar com o que ela viu. Pois, só foi com o surgimento da fotografia no final do século XIX, que possibilitou uma verdadeira compreensão das nebulosas e do que Ellen White viu, pois isso permitiu o registro de detalhes invisíveis a olho nu e a distâncias antes inimagináveis. A astronomia começou a utilizar a fotografia somente com o seu aperfeiçoamento no final do século 19. E em setembro de 1880, Henry Draper fotografou a Nebulosa de Órion pela primeira vez, numa exposição de 51 minutos.
No entanto, o seu entendimento aumentou com o tempo, razão pela qual Ellen White citou Órion uma única vez e não o fez posteriormente. Prova disso é que o livro O Grande Conflito (edições de 1888 e 1911), considerado o relato final e autoritativo por Ellen White dos eventos finais descreve a mesma cena, mas sem a menção de Órion.
Porque seu entendimento da visão havia se expandido e o suposto "espaço aberto" que em 1848 ela entendeu como Órion através de José Bates, no Grande Conflito deu lugar a um simples "espaço claro de glória indescritível".

Nona razão: A nebulosa M42 não é a mesma nebulosa de reflexão NGC 1999. A NGC 1999 não está dentro da M42. Ela está localizada em outra parte da constelação. Pois, se o capitão Bates sempre insistiu em dizer que o espaço aberto era a nebulosa M42, e durante todos esses anos dizem que é a nebulosa M42 , como podem estarem dizendo agora, que o que Ellen White viu era a nebulosa NGC 1999? Se essa nebulosa só começou a ser estudada nesses últimos anos!
São duas nebulosas distintas e bem diferente uma da outra. Então, não pode se afirmar que o que há na NGC 1999 se trate do que Ellen White viu em 1848.
Sua aparência é de como se fosse uma névoa ao redor de uma luz de rua. Com uma mancha preta próxima ao seu centro, essa nebulosa fica bem abaixo da Nebulosa de Órion e a aproximadamente 1.500 anos-luz da Terra. E não pode ser vista a olho nu.
Esse centro escuro (um furo) foi escavado pela estrela V380 Orionis. Através da pressão provocada pela radiação da estrela, o que empurrou o gás para fora, criando-se um vazio escuro, digo melhor, um furo e não um buraco-negro dentro da nebulosa. Esse vazio escuro se estende para dentro da nuvem. A nuvem está virada de frente para a Terra, permitindo assim ver o outro lado escuro da galáxia através desse furo.

Décima razão: A Nebulosa de Órion é uma imensa massa de gás de hidrogênio, hélio e poeira em expansão, com cerca de 300 trilhões de quilômetros de extensão. A nebulosa de Órion pode parecer muito calma em uma noite de verão, mas na realidade as estrelas mais luminosas e volumosas da nebulosa estão destruindo essa nuvem de gás e poeira. O material que forma a nuvem se dispersará e fará com que o brilho da nebulosa se enfraqueça. O que se passa na Nebulosa de Órion é A mesma expansão que ocorre em todas as outras nebulosas, porque elas estão se expandindo semelhantemente. Se isto fosse o sinal para Jesus voltar, também poderíamos afirmar que o céu está se abrindo em outras nebulosas e dizer que existem outros portais para a volta de Jesus.
A Nebulosa de Órion é tão grande que, se nosso sistema solar todo fosse colocado dentro dela, a Terra seria apenas um pontinho invisível em comparação com o restante. Se fosse necessário fazer uma abertura nela para a passagem dos anjos (do começo ao fim), então a comitiva de anjos não poderia caber em nosso sistema solar.
Agora raciocine. Ao sair de seu trabalho e embarcar em um ônibus para voltar para casa, o que você faz? Você desce 15 paradas antes ou 15 paradas depois? Não, você simplesmente desce na parada mais próxima de sua casa. Certo? Então não seria mais lógico que Deus, com todo o seu poder, fizesse uma abertura mais próxima ao nosso planeta?
Ao dizer que Jesus vai voltar através da Nebulosa de Órion, estamos limitando o poder de Deus!
YURI MENDES
http://yurimendes.com.br/content/view/113/1/

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