sexta-feira, 23 de março de 2012

O PODER DA NOSSA ESTRELA PARTICULAR!

A atividade não tem impacto direto sobre as pessoas, mas pode afetar satélites, GPS e redes de energia
Houston. A tempestade solar que atinge a Terra desde a última quinta-feira está mais forte do que os cientistas identificaram inicialmente. Ontem, a Nasa informou que a tempestade geomagnética foi elevada do nível G1 ao nível G3, em uma escala que vai de G1 a G5, onde G5 é o mais forte.



O fenômeno não tem impacto direto sobre as pessoas nem sobre a natureza, mas pode afetar o funcionamento de satélites, GPS e redes de energia. Além disso, a interferência causada pela radiação solar fez com que algumas companhias desviassem a rota dos voos próximos aos polos.

Nos estados do norte dos Estados Unidos, como Wisconsin, Michigan e Washington, houve registros de um espetáculo de luz noturna, causado pela aurora boreal, quando partículas altamente carregadas interagem com o campo magnético da Terra, criando um brilho colorido.

No começo da semana, o Sol emitiu uma nuvem de partículas e radiação, que interagiu com a Terra, trazendo todas essas consequências. Essa erupção solar foi considerada a mais forte nos últimos cinco anos.

Na quinta-feira, a tempestade geomagnética provocada pela atividade do Sol deu sinais de que seria fraca. Porém, uma mudança de direção nos campos magnéticos das nuvens emitidas pelo astro fez com que a tempestade ganhasse força. O evento geomagnético foi o mais importante desde 2004, disseram ontem especialistas americanos, que esperam mais atividade para este fim de semana.

"Acabamos recebendo alguma coisa do forte impacto que esperávamos", disse o especialista da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, Bob Rutledge. Ele explicou que a mudança se deveu a uma alteração no campo magnético dentro da ejeção de massa coronal que explodiu fora do Sol.

Embora ontem se esperasse uma redução paulatina da tempestade, Rutledge advertiu sobre a possibilidade de mais alterações até amanhã devido a uma erupção durante a noite na mesma região solar conhecida como 1429, que tem estado em atividade desde o começo da semana.

A labareda solar atingiu nível dois em uma escala de cinco e não foi tão grande quanto a erupção de terça, mas se combinou a uma ejeção de massa coronal que, segundo Rutledge, se dirigirá para a Terra amanhã.

A intensificação das erupções solares é também mais frequente quando o sol termina um ciclo de atividade para iniciar outro mais ativo, como é o caso desde janeiro de 2008. As tempestades solares observadas há vários séculos provocaram alterações de rotina. Em 1989, em Quebec, no Canadá, a cidade ficou sem energia devido a uma pane no sistema elétrico em decorrência do fenômeno.

A atividade aumentada do Sol atrapalhou o funcionamento da sonda europeia Vênus Express. Seus dois rastreadores estelares pifaram depois de uma erupção solar no dia 6.

FIQUE POR DENTRO

Fenômeno pode ser frequente
As tempestades geomagnéticas e de radiação são cada vez mais frequentes à medida que o Sol evolui de seu período de mínima a máxima atividade nos próximos anos, mas as pessoas geralmente são protegidas pelo campo magnético da Terra. No entanto, alguns especialistas estão preocupados porque, como a dependência da tecnologia de satélites GPS é maior do que durante o último máximo de atividade solar, poderia haver maiores transtornos. 

FONTE:http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1113789

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